domingo, 25 de setembro de 2011

Justificativa

Tenho vindo pouco aqui. Não que tenha perdido o interesse no blog. Tampouco reduzi a escrita. Escrevo sempre. Bloquinhos e bloquinhos me acompanham nas bolsas e vivo registrando pensamentos, cenas do cotidiano, angústias e alegrias vividas ou imaginadas.
Mas há um motivo para eu publicar pouco. Nem sempre as pessoas sabem diferenciar quando escrevo ficções. Quais dos meus poemas e crônicas são inspirados na minha vida pessoal, real, e quais são pura imaginação, delírio ou mesmo inspiração em outrem?
E o mundo corporativo é cruel!
Complicado lidar com empresas tradicionais e correr o risco de ter palavras minhas mal interpretadas. Trabalhar com captação de recursos implica em ter uma imagem muito correta, muito neutra, positiva, honesta.
Por isso passei a tomar mais cuidado com as minhas publicações. Dou minhas escorregadas no Facebook, eu sei. Rede social mais rápida, imediata. Acabo me rendendo a pequenas confissões que traduzem meu humor. Mas tudo bem. Também não vou mudar quem sou ou criar uma imagem fake de mim mesma. Isso nunca! Tenho muitos defeitos e talvez o excesso de transparência seja um deles. Nunca consegui me esconder muito... Mas não pretendo mudar. Sempre ganhei mais sendo transparente. Bom, na verdade, nunca consegui me impor um personagem, ainda que às vezes eu pense que nunca consegui ser de verdade quem eu gostaria...
Mas isso é papo pra terapia! (risos)
Enfim, essa história de mundo corporativo tem a ver com aquela coisa de que à "mulher de Cesar não basta ser, tem que parecer". Não é assim o ditado? Então corro menos riscos me expondo menos. Como eu falei, nem tudo que eu escrevo é sobre mim, mas não há como quem me lê saber disso. E vamos combinar que não teria a menor graça eu inserir legendas explicativas em cada post... A graça de não saber até deve ser um estímulo. A dúvida atrai.
Vim aqui contar que não desisti do blog. A falta de tempo também colabora para o sumiço, para a redução de publicações. O mundo corporativo não é o único culpado pelo sumiço. Mas me intimida sim. Há que se conviver com os limites do que se faz.

A vida e nossas escolhas...

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